sexta-feira, 22 de outubro de 2010


As pessoas deviam fazer seguros de vida para não confundi-lo com amor. Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle. Mas aí o que fazemos? Amamos com limite para não sofrer. Mas eu prefiro muito mais quem se ilude a quem é cético; precisamos desta ilusão que é justamente aceitar o risco que estamos correndo.

Gostaria de dar três voltas na chave e não esquecer que estou dentro de mim!

Beber o riso e rir da bebida...

Não desejo encontrar alguém que me complete. É pouco. Mas que me transborde, até o final casar e ser só início.

Condenados à felicidade, como se ela fosse um direito constitucional.

Me desperdiço, me doo, me comovo, me arrebento de existir.

Fabrício Carpinejar

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