terça-feira, 1 de março de 2011


De vez em quando sinto uma irresistível vontade de transitar pelas ruas, vielas, alamedas e ladeiras de minha memória para, num golpe de sorte talvez, encontrar em que rua errada entrei pra estar hoje tão longe do endereço procurado e almejado.

Nessas ocasiões em que pareço estar de férias do presente, com o corpo relaxada e a mente sentada na poltrona das reminiscências, é comum percorrer as alamedas arborizadas da infância, as vielas floridas da pré-adolescência, as vias rápidas da adolescência propriamente dita e até mesmo os engarrafamentos da idade adulta. Talvez por não saber direito o endereço que procuro, não enxergo que o percurso trata-se, na verdade, de uma ladeira que pode ser mais ou menos íngreme de acordo com as forças das minhas pernas.

Palavras e Silêncio

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