quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Vigília

Milagre, milagre!
O milagre que eu esperei nunca me aconteceu,
Mas não ha de ser nada, pois eu sei que a madrugada acaba
quando a lua se pões.
Os meus sonhos estão todos na UTI
Esperança já não há,
Os milagres estão todos em coma.
E eu?
Eu sigo só, só me resta esperar
Faço vigília todas as noites, do quinta da minha casa.
Eu dou conta de todas as estrelas
Certa vez eu dei falta de uma delas
Cade a porra da estrela que estava ali?
Há, é uma estrela cadente
Ela é cadente... a estrela.
Eu tive cindo,
Eu tive cinco segundos para fazer a minha prece e fiz, e fiz, e fiz.
Enquanto estava de olhos fechados
Enquanto estava de olhos fechados
Eu imaginava os meus sonhos acordando,
Eu imaginava a esperança batendo na porta da minha casa
Enquanto eu estava de olhos fechados a estrela caia
Perdeu a sua luz no fundo do mar
E eu? Eu sigo, só?
Só me resta esperar
Eu faço vigília todos os dias, do telhado da minha casa.
Eu dou conta de todas as ondas
Eu torço para que uma delas saia do lugar
Para que eu possa ver brilho de luz no fundo do mar
Brilho de luz no fundo do mar
Estrela a brilhas, sonho a sorrir, milagres acontecendo
Esperança de pé.
Mas não,
Mas não há de ser nada...
Pois sei que a madrugada acaba quando a lua se põe
A estrela que eu escolhi não cumpriu com meu pedido
Pois caiu no mar e se apagou.
Se souber nadar... faz o favor...
O milagre que eu esperei nunca...
Quem sabe sé você para trazer o que já é meu.

O Teatro Mágico.

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