quarta-feira, 3 de outubro de 2012

É a vida.

Ando, sei lá, de cara virada pra muita coisa. Virei o rosto pro céu cinza, virei os olhos pros desamores, paras as brigas mornas, para as birras inúteis. Antipatia mesmo! Não querer saber mesmo! Pouco me importa. De verdade! Pouco. Me. Importo. 'to cansadinha dessa gente toda que dá valor pras desavenças, que transforma furacão qualquer brisinha que lhes desarrumem os cabelos. Vamos acordar! Parar de enxergar o umbigo e achar que o mundo inteiro tem que dançar conforme a nossa música. Temos que aprender - e rápido - a nos movimentar conforme o universo dita a melodia. Acho que felicidade é um tanto isso: dançar no ritmo da vida. Não dá para convencer a vida a ir no nossos passos, porque o tempo não tem botão de pause. A coisa toda vai funcionando, girando, tiquetaqueando. As crianças não param de crescer, o mundo não deixa de mudar e todo segundo tem alguém novo chegando, alguém indo embora, alguém se beijando, se despedindo, se odiando, perdendo o emprego, ganhando uma promoção, ganhando um filho, perdendo um filho, comprando flores, olhando o mar, assoprando um dente-de-leão... então, pra que perder tempo com birras inúteis como tentar fazer tudo e todos olharem a vida do seu jeito? Desista, sério. Se traveste de bailarina, de Pierrot. Fantasie-se pra levar a vida de forma menos dura, mesmo sofrida. Problemas todos tem. Dificuldade todos passam. Mas de forma menos dura, menos sofrida. Problemas todos tem. Dificuldade todos passam. Mas pra tudo tem os dois lados da moeda. O lado bom da coisa e o lado ruim da coisa. O lado poesia e o lado fúnebre. Então eu venho virando a cara pra muita coisa... sempre voltada pra o lado simpático da vida.

Por: Maria Fernanda

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