terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

.daqui.


Com o tempo fui me apegando a este lugar que chamo de meu. É o meu canto, recheado das minhas palavras. Por aqui já falei de saudades chorosas, já contei histórias e estórias, já derramei lágrimas junto com o céu, já xinguei as noites não dormidas e até já fiz as pazes com a insônia, querida, que vez ou outra aparece para uma visita breve. Mas, no geral, aqui eu falo de amor. Do amor que veio e se foi, do amor que era ilusão, do quase-amor e das tentativas de ser pra sempre.

Falei dele, do amor e me declarei, direta e indiretamente. Falei como Sofia, como Alice, como menina, como mulher e até como eu mesma, para alguém que, ao ler, soube que era pra ele. É, eu posso deixar milhões morrendo de curiosidade em querer saber se minhas palavras são reais, são intencionais ou se surgem ao acaso, mas existe algumas, ou até mesmo apenas uma pessoa que lê e sabem como interpretar, sabe bem o que quis dizer e para quem eu quis falar. Acontece, em quase todas as mais de 100 vezes que pincelei minhas palavras e não palavras por aqui.

Já tive o blog colorido, branco, preto. As imagens já foram espoletas, já foram casais, já foram solidão e já foram vento. Mas era sempre amor. Em tudo, ou em qualquer canto, havia o tal do amor. Vocês, que por aqui passam, sabem disso. Desde que o Drapetomania virou Palavra e Silêncio, eu derramei meus amores, as minhas dores, as saudades e lágrimas. Mas tudo de dentro do coração, dessa carcaça vermelha que mora no peito fazendo um Tum-Tum melodioso ou, até mesmo, causando dor, só por bater descontrolado.

E foi assim. Letras atrás de letras formaram palavras, palavras por palavras formaram frases e as frases foram silêncio - os meus silêncios - e aquietaram a minha alma. Alma de menina, alma de mulher, alma de Sofia, de Alice, de Ana, de Maria, de Fernanda. Mas até quando? Por quanto tempo mais o P.S. transbordará amor? Por quanto tempo mais meu coração irá se alojar na ponta dos dedos e pulsar emoções palavreadas? Até quando conseguirei manter o canto meu? E se o coração perder a fala? É, a fala. Porque o amor, esse, não fugirá deste canto que dói reformado inteiramente pra ele...


Blog. Palavras e Silêncio

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